A rotina de estudos acompanha os profissionais antes mesmo de entrarem na faculdade. Afinal de contas, ela é muito importante para passar no vestibular, especialmente na área da Saúde, que é muito concorrida.
Nas provas para entrar na faculdade, também somos desafiados a estudar grandes quantidades de matéria. Até então, as avaliações escolares estavam restritas ao conteúdo de uma bimestre, semestre, no máximo, um ano, e agora será preciso ver todos os itens de um extenso edital.
Logo abaixo, você encontra os passos para organizar a sua rotina e dicas bônus para quem pretende fazer o curso de Medicina — curso com uma nota de corte um pouco maior. Continue a leitura!
O planejamento da sua rotina de estudos pode ser dividido em um ciclo chamado de PDCA:
Siga os 10 passos abaixo para se planejar e passe periodicamente pelas etapas desse circuito para otimizar a sua rotina de estudos.
O ponto de partida é entender como são os seus horários e quais são os melhores momentos do dia para organizar sua rotina de estudos. Um quadro simples consiste em uma tabela com as seguintes características:
O item adicional da disposição ajuda a entender em que horários você terá mais atenção e, portanto, melhor desempenho nos estudos. Muitas pessoas atingem picos de produtividade próximos às 11 horas da manhã e após as 16 horas. Porém, as características pessoais, as tarefas ao longo dia, o horário de acordar e fazer refeições, tudo isso pode influenciar no seu quadro.
Uma boa noite de sono está associada a minimizar o estresse gerado pelos estudos no longo prazo, mas não é só isso. Nossas memórias são construídas durante o sono, afetando diretamente o desempenho.
Além de se preocupar com a quantidade de horas, você pode tomar providências para reduzir o barulho e escurecer o ambiente. Ambas as medidas favorecem a produção de melatonina, conhecida como hormônio do sono, e podem ser uma solução para melhorar o desempenho de quem tem dificuldades para cumprir as famosas 8 horas.
A negociação com os familiares é importante para alcançar um cenário favorável, especialmente em relação ao silêncio e interrupções. Porém, se não for possível chegar ao ideal, direcione sua energia para a solução, pois as crenças limitantes são sempre um perigo na sua preparação.
A música instrumental e o ruído branco são alternativas para ficar concentrado em ambientes barulhentos, usando os fones de ouvido.
O passo seguinte é pensar o hábito de estudar. Em “O Poder do Hábito” de Charles Duhigg, aprendemos que os hábitos são compostos de gatilhos, rotinas e recompensas. E isso deve ser considerado na sua rotina.
Escolha um local fixo para estudar, de modo que a própria entrada no ambiente seja um gatilho para mudança de estado psicológico. Além disso, você pode usar a técnica de pomodoro para intercalar períodos de atividade (cerca de 25 minutos) com períodos de descanso (5 minutos), até completar 2 horas e fazer um intervalo longo.
O local de estudos também é uma boa medida para se isolar das distrações, como computador, celular, videogame e tv. Perceba que o objetivo é não disparar os gatilhos associados a esses eletrônicos durante a rotina de estudos. Afinal, você não quer receber aquela notificação no celular que vai desencadear uma série de eventos até chegar a vídeos aleatórios na internet.
Após o período de estudos, procure uma recompensa. É importante que você faça essa negociação interna, em que após cumprir a sua meta diária existe algo em troca. Aqui, é possível pensar em diferentes hábitos, como fazer uma caminhada, ir para academia, jogar e usar as redes sociais.
Já em “Aprendendo inteligência: Manual de instruções do cérebro para estudantes em geral” de Pierluigi Piazzi, podemos entender quais são as tarefas que compõem o estudo. Para o autor, existem atividades para entender e atividades para aprender, e apenas as segundas realmente seriam estudar.
As atividades para entender são o começo. Seria as ações passivas, como ler e assistir aula, que devem fazer parte da sua rotina. Porém, a memorização e o aprendizado somente aconteceriam com o estudo ativo: anotações a mão, exercícios, simulados etc.
O autor também traz um mantra importante para os alunos: “aula dada, aula estudada, hoje”. A lógica é que, nas primeiras 24 horas, você sofre a maior parte do esquecimento, e a missão é reverter esse cenário. Assim, após realizar uma atividade passiva, é preciso estudar ativamente antes de dormir, aumentando as probabilidades de memorização.
Outros pontos-chave são dados pela curva da memória. Revise a matéria também nas 48 horas, 7 dias e 30 dias seguintes ao estudo para atender aos momentos decisivos e evitar o esquecimento.
Lembre-se de escolher a sua faculdade e verificar os editais anteriores do vestibular para planejar a rotina de estudos. Como não é possível ver tudo que foi estudado ao longo de anos na escola, é preciso ter em mente o que deve ser priorizado e focar apenas no que cai na avaliação.
As tarefas no entorno da rotina de estudos também são relevantes, especialmente quando podem melhorar o foco e a concentração. Alimentação, hidratação, sono e exercícios físicos, por exemplo, são pilares para aumentar a sua produtividade e aproximar você dos resultados desejados.
Como o vestibular em Medicina é bastante concorrido e ele atribui grande importância para Ciências Exatas e Biológicas, podemos pensar alguns ajustes para fazer uma boa prova. Veja algumas dicas:
Viu só? Agora você já sabe como estruturar uma rotina de estudos e conhece os passos mais importantes para o curso de Medicina. Portanto, pode iniciar a sua preparação com mais confiança de que os resultados vão aparecer.
Se quiser aprender mais sobre a preparação para área da saúde, leia nosso conteúdo “Como passar em Medicina: 7 dicas para você se organizar!” e tire as suas dúvidas!