É comum associarmos os profissionais de saúde apenas à prática clínica, ao cuidado direto dos pacientes e à aplicação de tratamentos. No entanto, existe todo um universo de oportunidades que se abre para quem se interessa por empreendedorismo na saúde.
Tem interesse nesse assunto? Neste artigo, vamos apresentar as tendências promissoras para quem empreende nessa área, exemplos de empreendedorismo na área de saúde e por que investir na educação continuada. Confira e tire suas dúvidas!
O empreendedorismo na saúde nada mais é do que a atividade de empreender usada para resolver problemas relacionados à saúde e ao bem-estar das pessoas.
Em muitos casos, isso acontece quando médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas e psicólogos decidem usar suas habilidades e conhecimentos para criar uma carreira autônoma e fornecer serviços de cuidado diretamente para o público.
Os empreendedores de saúde também são aqueles que apostam em inovações tecnológicas para revolucionar aspectos como diagnóstico e tratamento de doenças. Nesse caso, o empreendedorismo se torna uma maneira de deixar os cuidados de saúde mais acessíveis e eficazes por meio da tecnologia.
Se você tem curiosidade para saber quais são as melhores oportunidades para empreender no campo da saúde, vale a pena ficar de olho em três tendências para os próximos anos: telemedicina, saúde mental e bem-estar, e mercado fitness.
Quer saber mais sobre elas? A seguir, vamos apresentar cada uma dessas tendências promissoras e por que você deveria aproveitá-las para criar um empreendimento. Confira!
Embora ainda seja novidade para a maioria das pessoas que precisam de serviços de saúde, a tendência é que a telemedicina se torne cada vez mais comum nos próximos anos. Por isso, caso você tenha o interesse de abrir um empreendimento ou criar uma carreira autônoma na saúde, considere as vantagens dessa tendência.
Mas, afinal, o que é telemedicina? É quando médicos e pacientes conversam à distância, usando computadores ou celulares. A ideia é permitir que as pessoas realizem suas consultas com médicos sem saírem de casa. O profissional de saúde faz perguntas, entende os sintomas e fornece conselhos ou receitas de remédios.
A regulamentação da telemedicina no Brasil aconteceu em 2020, durante a pandemia da Covid-19. A Lei nº 14.510, que trata a telemedicina como “telessaúde”, estabelece as regras para os médicos e pacientes se comunicarem à distância.
Segundo dados da Saúde Digital Brasil, entre 2020 e 2021, foram 7,5 milhões de atendimentos pela telemedicina, feitos por mais de 52,2 mil médicos. E 87% desses atendimentos foram primeiras consultas, evitando idas presenciais ao médico que, muitas vezes, não são necessárias.
Mesmo depois da pandemia, a telemedicina continua sendo usada. E isso é ótimo, porque os atendimentos à distância podem fazer parte dos novos negócios na área da saúde.
Imagine abrir uma clínica onde as pessoas possam se consultar com médicos de qualquer lugar, só usando o celular. Ou, então, criar aplicativos de saúde que conectem pacientes a profissionais de saúde de forma rápida e fácil. As possibilidades são infinitas!
A saúde mental é uma questão que envolve principalmente a atuação do poder público, mas é inegável que novas oportunidades de negócio também surjam diante dessa realidade. Empreendimentos voltados para a promoção do bem-estar emocional e psicológico da população estão se tornando cada vez mais relevantes.
Em 2017, o Brasil chegou a liderar o ranking mundial de pessoas diagnosticadas com transtorno de ansiedade, com quase 19 milhões de brasileiros afetados, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nesse contexto, a saúde mental e o bem-estar emergem como uma tendência promissora para os negócios na área de saúde nos próximos anos. Novas empresas podem oferecer uma variedade de soluções inovadoras, desde aplicativos de meditação e mindfulness até serviços de terapia online e programas de apoio psicológico.
Cada vez mais pessoas estão se preocupando com a saúde e querem se exercitar para se sentir bem e manter o corpo saudável. Isso cria uma demanda por academias, estúdios de pilates, yoga, crossfit e outros tipos de atividade física.
De acordo com dados da International Health, Racquet & Sportsclub Association (IHRSA), o mercado fitness brasileiro faturou 2,1 bilhões de dólares só em 2019. Com esse resultado, o país se posiciona como o terceiro maior das Américas, atrás apenas dos EUA e do Canadá, cuja receita alcançou 3 bilhões de dólares.
Muitos brasileiros estão procurando por soluções do mercado fitness que ofereçam mais do que apenas máquinas e halteres. Elas querem uma experiência completa, com treinadores, aulas divertidas e até mesmo serviços extras como nutrição e bem-estar.
Então, se você está pensando em abrir um negócio na área da saúde, considere investir no mercado fitness! Com o número crescente de pessoas buscando uma vida mais ativa e saudável, as oportunidades são muitas, e o sucesso pode estar logo ali à sua frente.
Sabendo que existem mil e uma possibilidades de atuação nesse campo, é comum que muitos estejam se perguntando: afinal, como começar a empreender na área da saúde? Aqui vão algumas dicas para quem quer investir nesse ramo.
Com essas dicas, você já está mais preparado para começar a empreender na área da saúde e fazer a diferença na vida das pessoas.
Depois de conhecer as tendências para novos empreendimentos na área da saúde, é hora de encarar os desafios que podem surgir ao longo dessa jornada. A seguir, vamos apresentar esses obstáculos e algumas dicas para superá-los.
Uma das maiores barreiras para empreendedores na área da saúde é a complexidade das regulamentações e requisitos de conformidade.
Desde licenciamento e certificação até normas de segurança de dados e regulamentos sanitários, é necessário entender e cumprir todas as leis e regulamentos aplicáveis para evitar problemas legais e garantir a segurança dos pacientes.
O financiamento também é um desafio para os empreendedores de saúde, especialmente para startups e pequenas empresas. Os custos associados ao desenvolvimento de tecnologia médica, pesquisa clínica e conformidade regulatória podem ser altos e, muitas vezes, é difícil garantir investidores dispostos a assumir esses riscos.
A resistência à mudança, preocupações com a privacidade e segurança dos dados, e a necessidade de demonstrar benefícios claros e evidências científicas podem tornar ainda mais desafiadora a aceitação e adoção de novas soluções na área da saúde.
“O que permite ampliar o empreendedorismo na área da saúde?” Essa é a pergunta-chave para entender como alavancar sua carreira e fazer a diferença em um campo tão desafiador. A resposta? Uma combinação de capacitação, inovação e networking. E é aí que entra a pós-graduação.
Os cursos de pós-graduação de saúde oferecem uma oportunidade de adquirir conhecimentos específicos que podem ser fundamentais para liderar inovações e empreendimentos bem-sucedidos nesse setor tão complexo.
Por exemplo, considere um profissional formado no curso de Psicologia que, avaliando as possibilidades de empreendimento na sua área, desenvolve o interesse em abrir uma clínica para oferecer atendimento especializado a empresas.
Ao cursar a pós-graduação em Saúde Mental e Trabalho (SM&T), esse profissional pode adquirir conhecimentos sobre psicologia organizacional e estratégias de intervenção em ambientes corporativos. Essa bagagem poderá ser útil na hora de desenvolver práticas de gestão de saúde mental no local de trabalho, por exemplo.
Uma pós também oferece a chance de aumentar a rede de contatos. Durante o curso, você pode conhecer outros profissionais de saúde, como médicos, pesquisadores e gestores de saúde, que podem ser futuros sócios ou até potenciais investidores.
Na hora de escolher a faculdade para um curso de pós-graduação e estar mais bem preparado para os desafios do empreendedorismo na saúde, garanta que você terá a chance de construir uma formação sólida, com os instrumentos suficientes para lidar com desafios do empreendedorismo na saúde e as demandas do seu setor em particular.
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